Afraates
Afraates (270-c. 345), monge e bispo perto de Mossul
Afraates ou Afrates (do Grego: Aφραάτης: Aphraates; Persa: فرهاد: Aphrahat, Aphrahas, Arhadh ou Pharhad e siríaco: ܐܦܪܗܛ), anacoreta persa que ficou conhecido pelos seus escritos e se tornou santo da Igreja Católica.

A adoção desse nome veio criar uma confusão de identidade e, por séculos, os escritos de Afraates foram atribuídos ao famoso Jacó, Bispo de Nisibis (* ???, + 333 d.C.). Não foi antes do século X que o "Sábio Persa" foi corretamente identificado como sendo Afraates e, de acordo com manuscritos do Museu britânico, ele era "Bispo do monastério de Mar Mattai" na costa oriental de Tigris na Mesopotâmia, próximo à moderna Mossul. As ruínas desse monastério ainda existem, sendo conhecidas atualmente por "Sheikh Matta", e tudo indica que foi lá onde passou a maior parte de sua vida.
Fonte: Wikipedia
Segui o texto:
O jejum que me agrada
«O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente,
[...] quebrar toda a espécie de opressão» (Is 58,6)
[...] quebrar toda a espécie de opressão» (Is 58,6)
Os Ninivitas jejuaram com rigor, um jejum puro e verdadeiro, quando Jonas lhes pregou a conversão [...]. Eis o que está escrito: «Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que ti¬nha resolvido fazer-lhes, não lho fez» (Jon 3,10). Não é dito: «Vive em abstinência de pão e de água, vestido de saco e coberto de cinzas», mas «Que eles regressem dos maus caminhos e da malvadez das suas obras». Pois o rei de Nínive tinha dito: «Converta-se cada um do seu mau ca¬minho e da violência que há nas suas mãos» (v.8). Foi um jejum puro, e foi aceite. [...]
Porque, meu amigo, quando se jejua, a melhor abstinência é sempre a da maldade. É melhor do que a abstinência de pão e de água, melhor que «curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza», como diz Isaías (58,5). De facto, quando o homem se abstém de pão, de água ou de qualquer alimento que seja, quando se cobre de saco e de cinzas e se atormenta, é amado, é belo aos olhos de Deus e aprovado. Mas o que mais agrada a Deus é «[...] libertar os que foram presos injus¬tamente, livrá-los do jugo que levam às cos¬tas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opres-são» (v.6). Para o homem que se abstém da maldade, «a luz surgirá como a aurora [...]. A sua justiça irá à sua frente. Será como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis» (v.8-11). Não se assemelhará aos hipócritas que mostram «um ar sombrio [...], que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam» (Mt 6,16).
Santo Afrates ( ? – c. 345), monge e bispo perto de Mossul
Demonstrações, n.º 3, Do jejum (a partir da trad. SC 349, p.277 rev.)
Fonte: Evangelho Cotidiano
Demonstrações, n.º 3, Do jejum (a partir da trad. SC 349, p.277 rev.)
Fonte: Evangelho Cotidiano
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